Raciocínio e Argumentação

17/06/2013 23:32

 

Raciocínio e Argumentação

 

Tipos de Raciocínio

 

  • Apodítico : Exprime-se uma verdade absoluta, cuja argumentação se limita a uma conclusão somente. É o raciocínio de um elemento preponderante, não deixa brechas para discussão.
  • Dialético: O raciocínio é aberto para discussões, permitindo controvérsias e contestações. Contudo, cabe o autor trabalhar essas controvérsias de modo a convencer o leitor do raciocínio mais aceitável, diante de sua postura.
  • Retórico: Variante da dialética, o raciocínio retórico se diferencia pois envolve mais o leitor, promovendo sua maior reflexão, perante o assunto.
  • Silogismo:  Formula-se duas proposições que chegam a uma conclusão. Vale lembra que  a conclusão não pode ser maior do que as proposições.

 

Tipos de Argumentação

 

  • Exclusão: O autor propõe várias hipóteses e vai eliminando-as para fixar seu objetivo.
  • Absurdo: Refuta-se uma afirmativa, de modo a evidenciar seu ‘’absurdo’’, isto é, sua improcedência.
  • Autoridade: O argumento é confirmatório, sendo ‘’comprovado’’, de certa forma, por declarações de uma especialista da questão (  por via de uma citação, por exemplo).

 

      Bom é dizer que a argumentação não pode ser estruturada somente pela narração dos fatos. Não se pode esperar, pois, que o fato descrito promoverá, indiretamente, uma conclusão de cunho argumentativo. É preciso que tais fatos sejam advindos de um argumento plausível, para tornar-se válido e aceitável para o leitor.

 

Dissertação

 

    ‘’Inegável é a importância da dissertação na comunicação jurídica: há sempre um conflito a ser solucionado, colocando versões antagônicas em polos opostos. No Direito, é a argumentação o recurso persuasivo, que objetiva o convencimento da tese postulada’’.

 

Posturas na dissertação

 

Existem as Posturas filosóficas e psicológicas.

 

Posturas filosóficas:

 

  • DIALÉTICA: Forma-se pela presença da tese e da antitese. Vale-se no decorrer da dissertação uma posição contrária e duas favoráveis, ou o contrário, de modo a convencer o leitor de um raciocínio postulado. Isso se dá através da conclusão, que opta pelo elemento favorável ou negativo, ou ainda a combinação de ambos.

 

  • DISPUTA:  Não requer a explicitação dos polos antagônicos. O redator tem um ponto de vista sobre determinada questão, e irá defende-lo ( com um raciocínio apodítico e argumentação por autoridade, por exemplo), apresentando argumentos  que motivaram sua posição.

 

    Na disputa  os argumentos ( três deles) devem ser elaborados de forma gradativa crescente, reforçando a ideia inicial até a final, e todas relacionadas entre si ( coesão e coerência ).

 

Posturas psicológicas:

‘’Entende-se por postura psicológica a posição do observador, do ponto de vista participativo, no tema, de maior ou menor envolvimento no assunto’’.

 

  • BEHAVIORISMO: O observador não interfere na realidade observada, procurando mencionar os fatos, numa relação de causa e efeito. Nessa postura, evitam-se os adjetivos emotivos, pois ao observar o assunto de fora, revela-se uma postura mais objetiva por parte do redator.

 

  • GESTALT: O observador envolve-se com a realidade, procurando enfatizar as partes, ou seja, os aspectos subjetivos ( relatividades) que cabem o tema principal. O adjetivo, nesse caso, ganha força, assim como as sensações que revelam os adjetivos, provocando no leitor uma visão de mundo estimulada pelas relações das partes que compõem o dicurso.

 

     Na Gestalt, para a elaboração da argumentação, e também, exposição do tema, estabelece-se uma postura de equilíbrio , que parte para uma tensão ( as relatividades ou contradições), chegando num limite conhecido como insight, onde se posiciona a resolução do problema, ou a defesa do argumento principal. Chega, com a conclusão, ao alívio.